Welcome to Índia – o primeiro dia
Respirar fundo e dormir: foi o segredo para fazermos as pazes com a Índia depois da sua receção tão “calorosa”.
Dormimos apenas 3 horas mas não viemos para a Índia para estar no hotel, portanto, era hora de acordar e partir à descoberta deste mundo tão colorido e frenético.
Apesar de não estarmos no hotel que escolhemos, fomos bem recebidos e o quarto era exatamente o que estava nas imagens. Já não é a primeira vez que escolhemos um alojamento muito bem pontuado e depois somos enviados para outro. Aconteceu o mesmo em Marraquexe. Neste caso, antes de pagarmos pedimos para ver o quarto. Como era o das imagens e eram 4 horas da manhã, aceitamos sem discussão. Ganharam!
Enquanto tomávamos o pequeno almoço ainda um pouco aborrecidos, ficamos a admirar do lado de fora uma criança a lavar uma caneca. Não sabemos como, mas passado instantes já tínhamos 3 miúdos a acenarem e a fazerem sinais para olharmos para eles. Nisto, surgiu um grupo de 3 senhores com os seus bigodes e turbantes cor de laranja a acenarem também e até tocaram uma música! Estávamos protegidos atrás de um vidro e a Índia lá fora a chamar por nós e a pedir-nos desculpa.
É certo que aqui o que mais se ouve é “money”, a simpatia por vezes é interessada, mas até agora só nos limitamos a dizer que não temos dinheiro e recebemos sorrisos na mesma.
Hoje fomos até Connaught Place, conhecer a cidade nova. Não cheira mal. Não tem vacas. Tem crianças pedintes. Tem mulheres a varrerem as ruas, controladas por homens de braços cruzados. Tem buzinas, muitas buzinas. E tem caixotes do lixo.
Estávamos à espera do caos, da sujidade, da miséria extrema. Não vimos. Talvez na Old Deli seja mais notório mas hoje andamos bem, não sentimos insegurança e até ficamos admirados com a quantidade de polícias e militares que circulam nas ruas.
Seguimos o nosso passeio até ao antigo observatório astronómico Jantar Mantar. E foi aqui que nos pediram pela primeira vez para tirarem uma fotografia connosco!
Aproveitamos também para conhecer um templo sikh, outra da religiões predominantes na Índia. O Gurdwara Bangla Sahib é um local de culto, sendo pr isso necessário entrar com a cabeça protegida por um lenço e descalços. Não é permitido tirar fotografias. Ficamos 1 hora sentados no chão, tal e qual os indianos, a observar, a absorver e a conversar com um jovem.
Andamos sempre a pé no centro de Deli, utilizamos os tuk-tuks apenas no percurso hotel-centro da cidade e vice-versa. O preço tem que ser negociado e se o primeiro não aceitar, há-de surgir alguém que aceite.
Terminamos o nosso dia na India Gate, o arco do triunfo de Deli. Na avenida que o circunda, existe neste momento uma feira de turismo onde estão representados todos os estados do país. Imaginem a quantidade de selfies que nos pediram para tirar.
Hoje fizemos as pazes com a Índia, amanhã não sabemos o que nos espera. E até isso é um aprendizado. É viver um dia de cada vez.
Welcome to Índia again